Monday, December 29, 2014

futuro exótico - ponto final.

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Ex(a)s Senhore(a)s;

- Aqui há 40 anos atrás eu nem sequer sabia o que eram ananases ou bananas, hoje em dia andam por aí de "rebolão" e quase já são as frutas dos pobres.

- Aqui há 10 anos atrás em Portugal quase ninguém sabia o que eram chuchus, hoje em dia até já estão à venda em qualquer minimercado de qualquer terreola. Daqui a alguns anos irão tornar-se tão banais que deixarão de ser considerados exóticos.

- As pessoas cada vez mais se preocupam com a questão da alimentação saudável, e isso passa inequivocamente pela diversidade dos alimentos consumidos.

- Cada vez mais irão aparecer novos produtos agrícolas no mercado, e as pessoas têm uma atracção quase irresistível pelo EXÓTICO.

- Nós em Portugal temos excelentes condições para desenvolver uma fileira de EXÓTICOS ( sub-tropicais ) muito forte, e ainda por cima, geralmente, são produtos de ALTO VALOR ACRESCENTADO.

http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0304423814006359

« Because of its delicious taste and high nutrition values it has high potential as greenhouse crop in Central Europe. »

- Ao contrário do que é dito no link anterior, o Lulo não é originário de regiões tropicais mas sim de regiões subtropicais.
Mas o que interessa para o caso é que alguém já está pensar em cultivá-lo em estufas na Europa Central, isto só vem reforçar a minha tese de que o mercado dos exóticos irá crescer bastante nos próximos anos.
Quanto a mim, já é uma vergonha para nós que um país frio como a Holanda consiga produzir mais tomate para frescos do que Portugal, e se nós não nos pusermos a pau irá acontecer o mesmo com os exóticos.

AO MENOS UMA VEZ NA VIDA ... TEMOS QUE PARTIR NA LINHA DA FRENTE!!!

« In conclusion, reproduction of lulo plants is not restricted to a certain seasonal day length indicating that this crop is suitable for year-round fruit production under greenhouse conditions in Central Europe. »

- Eles dizem que é possível produzir Lulo durante todo o ano, mas com Invernos com tanta neve eles precisarão de estufas aquecidas ...
Nós precisamos apenas de estruturas de suporte em madeira para a condução das plantas, e aproveitamos essas estruturas para colocar coberturas de plástico.

Nós temos muito melhores condições naturais para os EXÓTICOS ...
DEIXARMO-NOS MAIS UMA VEZ ULTRAPASSAR PELOS HOLANDESES SERÁ UM AUTÊNTICO CERTIFICADO DE INCOMPETÊNCIA/BURRICE PARA OS PORTUGUESES!!!

http://www.continente.pt/stores/continente/pt-pt/public/Pages/ProductDetail.aspx?ProductId=2647366(eCsf_RetekProductCatalog_MegastoreContinenteOnline_Continente)

http://www.continente.pt/stores/continente/pt-pt/public/Pages/ProductDetail.aspx?ProductId=4119533(eCsf_RetekProductCatalog_MegastoreContinenteOnline_Continente)

- Como se pode verificar pelos links anteriores, a alface multifolhas é muito mais cara do que a alface normal ( frisada ). As multifolhas são variedades modernas de alfaces, enquanto as frisadas são variedades antigas.

- Aqui há uns 5-6 anos atrás, quando as multifolhas saíram para o mercado, eu produzi as multifolhas e levei-as ao MARL, nenhum dos operadores me quis comprar as alfaces porque diziam que elas eram muito esquisitas. Afinal agora elas já estão à venda em qualquer supermercado e são muito mais caras do que as outras.

Moral da estória ...
( Modéstias à parte! )
Agricolamente falando, já há 5 anos atrás eu conseguia vislumbrar mais longe do que os outros, e, apesar de não ser astrólogo, hoje em dia mais longe ainda consigo perscrutar/ver ...
TENHO A CERTEZA ABSOLUTA QUE DAQUI A ALGUMAS DÉCADAS OS AGORA CHAMADOS EXÓTICOS VALERÃO MAIS DINHEIRO DO QUE AS ACTUAIS FILEIRAS DO SISTEMA ( TOMATE DE INDUSTRIA, MILHO E ARROZ )!!!

Como estamos em época de falar de desejos para o novo ano que se aproxima: eu só queria viver o suficiente para poder ver algumas das minhas previsões agrícolas começarem a concretizar-se.

SE AO MENOS A CRISTAS E SUA EQUIPA DE MIOPES CONSEGUISSE VER A MILIONÉSIMA PARTE DA DISTÂNCIA AGRÍCOLA QUE EU CONSIGO ALCANÇAR ... !!!


Com os melhores cumprimentos,
Vitor Alexandre Ferreira Monteiro.
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