Thursday, November 20, 2014

os portugas e os fundos comunitários (3)

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Ex(a)s Senhore(a)s;

Logo como me pareceu à primeira vista, a quase "obrigatoriedade" de pertencer a uma Organização de Produtores para poder concorrer ao PDR 2020 não augurava nada de bom ...
PARECEU-ME LOGO MAIS SUBSIDIOS PARA OS MESMOS DE SEMPRE!!!

Depois, um secretário de estado teve o descaramento de vir a publico falar das virtudes dos mercados, quando na realidade o próprio governo é o maior promotor de práticas anti-mercado dando os subsídios sempre aos mesmos, e levando ao colo fileiras como o tomate de industria, o milho e o arroz.
POR QUÉ NO TE CALLAS???
AO MENOS RESPEITEM OS NEURÓNIOS ALHEIOS! E NÃO DIGAM BABOSEIRAS!!!

-) Segundo a nova estratégia/táctica dos "génios" do ministério da agricultura: qualquer pessoa para poder concorrer ao PDR 2020 tem previamente que ter uma Identificação de Beneficiário ( IB ) no IFAP ( entidade que faz os pagamentos dos subsídios ), ou seja, na prática, através do PDR 2020 só ( quase? ) pode obter novos subsídios quem já recebia subsídios, isto porque, obviamente, quem nunca recebeu subsídios não é/foi beneficiário e portanto não tem IB. 
CADA VEZ MAIS, SUBSIDIOS SEMPRE PARA OS MESMOS DE SEMPRE!!!
E DEPOIS AINDA TEMOS QUE LEVAR COM AQUELE CROMO A FALAR DE MERCADOS!?!
Quem não faz parte do sistema e não tem IB, para se poder inscrever no IFAP de modo a obter o tão almejado IB passa por uma  barbaridade de dificuldades ...
O que me leva desde já a concluir que, sem a entrada de sangue/ideias novas, a agricultura continuará a ser uma actividade altamente retrógrada e fechada com o Status Quo praticamente inalterado.

-) Mesmo que alguém de fora do Status Quo se aventure a inscrever no IFAP, e mesmo que consiga o tal IB, duvido que vá muito longe, isto porque, mesmo com um IB, depois só se pode concorrer ao PDR 2020 se a exploração ( onde se vai fazer os investimentos ) estiver registada no Sistema de Identificação Parcelar ( SIP ).
Ora acontece que se uma pessoa não pertence ao mundo da Agricultura, então o mais certo é não ter terrenos próprios, então terá que recorrer ao arrendamento. E como se deve imaginar, nenhum proprietário de terreno permitirá que um promotor registe esse terreno/exploração ( SIP ) sem antes fazer um contrato e pagar a renda de pelo menos 1 ano.
Assim, um eventual promotor tem uma catrefada de chatices e burocracias pela frente, uma catrefada de despesas, e depois arrisca-se a que o Projecto não seja aprovado ...
ASSIM, QUANTAS PESSOAS FORA DO STATUS QUO ACHAM QUE IRÃO AVANÇAR COM CANDIDATURAS???
CADA VEZ MAIS, SUBSIDIOS SEMPRE PARA OS MESMOS DE SEMPRE!!!
CADA VEZ MAIS, SUBSIDIOS SEMPRE PARA AS MESMAS FILEIRAS DE SEMPRE!!!
E DEPOIS AINDA TEMOS QUE LEVAR COM AQUELE CROMO A FALAR DE MERCADOS!?!

PURA E SIMPLESMENTE ...
VÃO SUFOCAR A INOVAÇÃO!!!

Nota - a única maneira de fazer entrar sangue novo e novas ideias na agricultura é incentivar e democratizar as candidaturas, só exigir aquela catrefada de documentos depois de uma eventual DECISÃO FAVORÁVEL sobre a candidatura, aí se o Projecto for aprovado o promotor até terá gosto em resolver essas burocracias, e se o Projecto não for aprovado o promotor não perdeu tempo nem dinheiro.
ACHO QUE A ISTO SE CHAMA PRAGMATISMO!!!
E INCENTIVO A NOVOS PRODUTORES, NOVAS IDEIAS E MAIS INOVAÇÃO!!!


Com os melhores cumprimentos,
Vitor Alexandre Ferreira Monteiro.
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