Friday, January 10, 2014

AGRICULTURA(2)!!!

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Senhore(a)s;

Parece que, talvez caída do Inferno, apareceu por aí uma Diabólica Tese que afirma que não se deve apostar em Fileiras Agrícolas que exigem muita mão--de-obra, porque os Portugueses não querem/gostam de trabalhar na Agricultura ...

-) Como é que é Sr Diabo??? Isso é alguma piada de péssimo gosto??? Ou é uma tentativa de acabar com o que resta de Portugal??? Então um país que tem o ( salvo erro ) 4º nível de desemprego mais elevado da União Europeia, vai dar-se ao luxo de recusar actividades económicas que poderiam criar uma enorme quantidade de postos de trabalho???
ANDA TUDO APANHADO/DOIDO ... !?!

-) Pois, já estou a ver o resto do filme de Terror, aposto que os autores da desafortunada Tese irão agora afirmar que as Fileiras contempladas com mais subsídios devem ser o tomate de industria, o arroz e o milho porque se pode fazer colheita mecânica.
Literalmente falando ...
ISTO É UMA AUTÊNTICA FRAUDE!
Mesmo com a gloriosa colheita mecânica, mesmo com subsídios aos molhos, as referidas fileiras têm muito baixo valor acrescentado; então sem subsídios a fileira do tomate já tinha morrido e as outras estariam moribundas.

 http://www.mdig.com.br/?itemid=25510

-) Em nenhum dos produtos agrícolas mencionados no link anterior ( alimentos agrícolas mais caros do Mundo ) é utilizada a colheita mecânica, ou seja, os produtos colhidos à mão são, de longe, aqueles que têm maior valor acrescentado.
Esta estória da colheita mecânica só serve para mandar areia para os olhos da Ministra da Agricultura, e para tentar manter assim o Status Quo.
É uma forma trafulha de tentar sacar subsídios aos molhos sempre para as mesmas Fileiras!
Quanto a mim, é um crime lesa-pátria!

-) Atenção que eu não tenho nada contra a colheita mecânica, e nem sequer estou a dizer que não se deva apoiar a colheita mecânica, cada caso é um caso.
Por exemplo no olival: eu não tenho duvidas absolutamente nenhumas que os olivais mais rentáveis são os super intensivos preparados para a colheita mecânica.
O que eu quero dizer é que existem actividades que são e sempre serão manuais ( pelo menos num futuro de curto e médio prazo, ou seja, até ao fim das nossas "curtas" vidas! ), não cabe na cabeça de ninguém pensar que os Holandeses irão em breve pôr máquinas dentro das suas Super Estufas de Vidro para fazer as colheitas do tomate para fresco.

-) Aliás, muito dificilmente a apanha da maioria dos produtos para fresco serão mecanizáveis ( apanha mecânica! ), porque isso seria um risco elevadíssimo para a sua integridade/apresentação, ou seja, para a maioria dos produtos para frescos o mais certo seria que as máquinas provocassem estragos que desvalorizavam completamente os tais produtos.
Caso bem diferente é o dos produtos agrícolas para a industria, aí a apanha mecânica compensa na grande maioria dos casos.
Por exemplo nas laranjas para sumos: como as laranjas têm que ser "espremidas" para obter o sumo, não existe problema nenhum que as máquinas estraguem a sua apresentação durante a colheita.
É por isso mesmo que os Espanhóis já andam a fazer ensaios com pomares super intensivos ( laranjeiras ) preparados para a colheita mecânica.
E em Portugal ...
FAZ-SE ENSAIOS DO QUÊ???
Pois é, assim estamos condenados a ficar sempre para trás!!!

-) Em Espanha, pelo menos em algumas zonas como Múrcia, ultimamente tem-se discutido muito sobre cultivos alternativos que sejam rentáveis. A isto chama-se pragmatismo, se existem culturas em que a rentabilidade é baixa, então é imperativo que se procurem outras de maior valor acrescentado.
Nos últimos anos os Espanhóis têm plantado milhares de hectares de pomares de pistachos, se nós ficarmos a ENGONHAR e/ou de braços cruzados, eles adiantam-se bastante e ocupam irremediavelmente todo o mercado existente na União Europeia.
Será que Portugal está sempre condenado a ficar para trás???

 http://ag2point0.com/tag/mechanical-harvesting-equipment/

-) Link anterior: para desta vez não ficarmos irremediavelmente para trás, eu acho que Portugal devia começar a apostar nos pomares "super-intensivos" de pistachos preparados para a colheita mecânica.


Com os melhores cumprimentos,
Vitor Alexandre Ferreira Monteiro.
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